Cuisine parfaite, accueil chaleureux et conseils au top !
Pessoal muito simpático!
Comida 5 estrelas e principalmente grande relação qualidade preço!
A Voltar!
Estou sempre de pé atrás com casas de comida que se autoproclamam TABERNAS, em pleno século XXI. Porque tabernas têm um contexto, uma razão de existir que já faz pouco sentido aparecer do zero nos dias de hoje.
As que existem, preservem-nas, mimem-nas e elevem-nas a património nacional da gastronomia. As que aparecem do nada, já depois do virar do século, desconfiem. Fazem lembrar um homem com crise de meia idade, a tentar resgatar o teenager que não volta mais. No caso dos homens, ganham o gosto por brinquedos caros e visuais que os fazem parecer mais novos. No caso das Tabernas, tentam caminhar para um decor retro-urban-chick e uma comida de autor com apresentação floreada que é antagónica ao servico "à bruta" das típicas tabernas, para além de ser extemporânea.
As tabernas vingaram até aos anos 80, tanto nas zonas rurais, onde eram o centro por excelência da vida social das pequenas localidades, como nas urbanas, vendendo vinho a granel. Tal qual como as locandas em Itália, as bodegas em Espanha ou os saloons no faroeste.
Este espaço apareceu em 2018 e não é, na minha opinião, uma taberna. Nem tão pouco os donos são ou foram ferreiros ou o espaço foi um covil da profissão.
Mas que sabem cozinhar, isso sabem... Por isso vou avaliar este espaço sem entrar no campo dos taberneiros ou dos ferreiros.
Lista com pratos típicos e matriz tradicional com alguns apontamentos do chef... italiano! Já lá vamos.
Peixinhos da horta - receita típica alfacinha - com polme demasiado espesso e pouco crocante mas saboroso e ombreado por uma maionese com mostarda que alinhou no dueto.
A seguir um atum unilateral com puré de batata e Wasabi. Unilateral porque não pediu a ninguém para ser pescado e cortado às postas? Ou porque a posta é cortada de uma só lateral? Nada disso. É grelhado só de um lado ficando cru do outro lado. Engenhoso. E saboroso, pela frescura e tempero só com sal. Unitempero!
Seguiu-se um gnocchi com Ragu de Osso Bucco. E aqui está a influência do chef, com algumas referências e matérias-primas transalpinas como a caprese, o tornedó, a burrata, o carpaccio ou alguns spaghettis que fazem parte da carta.
Este ragu, um molho à base de carne cozida e de preparação lenta e condimentada, ficou-me a trabalhar nas tripas até de madrugada. Mas valeu casa garfada até lá chegar. Gnocchi macio mas encorpado, ragu com tomate a prevalecer e picantes bem doseados. Um mimo não aconselhável a bocas mais susceptíveis e figados mais preguiçosos.
No final, uma mousse espessa com aqueles pedaços de frutos secos a enriquecer embora quando disseram que era uma mousse consistente fiquei com esperança que fosse aquele betão armado que a minha avó fazia com chocolate suficiente para hospitalizar uma boa centena de diabéticos. Ficlu aquém desse "ponto-cimento" mas uma boa escolha.
Uma meia de vinho da casa (Ermelinda) e um café compuseram o remalhete.
23 euros por pessoa. Não é preço de taberna mas é um valor muito simpático para o serviço igualmente simpático e prestável e uma comida superlativa que me ficou aninhada no estômago até às tantas da manhã.
E "hades" ficar mais vezes porque tenho ganas de lá voltar.
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